Khabarovsk - Uma surpresa nos confins da Rússia

Há cidades assim. Delas nada se espera, e talvez por isso criem um tão grande impacto.

À porta do Estádio Lénine, este fala informalmente com um Guarda Vermelho, daqueles que na Praça Konsomol é homenageado no Memorial aos heróis da Guerra Civil de 18-22.

Ao longo do rio, um Amur imenso que aqui espelha toda essa imensidão, num passeio fluvial de vários quilómetros. Dois parques infantis com hectares, bem no centro da Cidade, como se alguém trocasse em Lisboa o velho Parque do Alvito pelo Eduardo VII.

Toda a Cidade foi desenhada a pensar nos que nela vivem. Ao longe, vemos a cidade nova, já brotada da Rússia capitalista, com seus arranha-céus. Imponente, moderna, crescendo pela proximidade com a China que fica a umas dezenas de quilómetros, mas que nunca será tão bela, tão racional, tão humana como a Khabarovsk soviética.

A chama eterna arde num belo Memorial, onde são recordados os que morreram pela pátria e pela humanidade. Aqui, um pai passeia a sua filha pequena, talvez para lhe recordar que os belos parques infantis tiveram um preço. 

Entretanto, na Amadora, é dia da criança.



Comments

Popular posts from this blog

Big MacMentira